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Ovinocultura

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 OVINOCULTURA

 

RAÇAS OVINAS

 

Fonte: http://www.crisa.vet.br/raca

 

 

Ovelhas Santa Ines - Plantel da EETFN

 

texel
Também conhecido por:Texelaar, Texelse, Improved Texel, Verbeterde Texelse
          O Texel foi formado na Ilha de Texel na costa dos Países Baixos, no início do século XIX. O Texel mais antigo provavelmente era de uma variedade de ovinos de cauda curta. Animais importados, das raças Lincoln e Leicester Longwool, foram cruzados com o antigo Texel nos anos de 1800. As características da raça foram estabelecidas através de uma série de 
competições locais na Ilha, as quais selecionavam os melhores exemplares. A ênfase era dada para os ovinos que produzissem cordeiros pesados e com musculatura bem desenvolvida. Como o principal mercado para estes cordeiros era a Europa , onde o excesso de gordura nos cortes de carne era indesejável pelo consumidor,  esforço significativo ocorreu para produzir uma carcaça com pouca deposição de gordura.
          Os primeiros animais Texel dos Estados Unidos foram importados pelo Centro de Pesquisa de Carne Animal Clay Center, NE em 1885. 
          Atualmente, a raça Texel tem a cabeça e os membros cobertos por pêlos brancos sem lã. É caracterizada pela cara curta e larga com o focinho preto e orelhas pequenas Os cascos são pretos como o focinho. O peso do velo varia de 3,5 a 5,5 Kg.
          A característica mais marcante da raça Texel,  é o notável desenvolvimento muscular. A área de olho de lombo é superior a dos animais de raças de cara preta. O pernil é bem desenvolvido e a carcaça possui menor deposição de gordura. Entretanto, os cordeiros têm um crescimento mais lento do que os cordeiros de cara preta, embora sua eficiência alimentar seja melhor.
         O Texel transformou-se em uma raça terminal dominante na Europa. Concorre quase que por igual com o Suffolk no Reino Unido e está ganhando popularidade também na Austrália e na Nova Zelândia.
 
Referência:
 
Fotografias:
British Sheep and Wool, British Wool Marketing Board, Oak Mills, Station Rd., Clayton, Bradford. 112 pp.
Dr. Gary Onan, Animal & Food Science Department, University of Wisconsin - River Falls, River Falls WI
 
 
 
 
suffolk
História
         O Suffolk se originou do cruzamento de carneiros Southdown com ovelhas Norfolk Horned. Aparentemente, o produto deste cruzamento era melhor que qualquer um dos pais utilizados. Embora o Suffolk seja uma raça reconhecida desde 1810, o livro do rebanho, com os registros dos animais, só foi implantado mais tarde.
         Em 1886, a Sociedade do Suffolk Inglês foi organizada para oferecer o serviço de registro e para desenvolver a raça. 
         Os primeiros Suffolks entraram nos Estados Unidos em 1888, através do Sr. G. B. Streeter de Chazy, New York. 
 
              O carneiro adulto pesa em média 113-159 Kg e a ovelha 81-113 Kg. O peso do velo das ovelhas varia de 2,25-3,6 Kg, com um rendimento de 50 a 62%. A fibra tem um diâmetro de 25,5 a 33,0 mícrons. O comprimento da mecha varia de 5-8,75 cm. A qualidade do velo não é boa em função da presença de pêlos pretos no meio das fibras de lã.
              Os membros e cabeça preta não devem possuir lã e ambos os sexos não apresentam chifres. As taxas de crescimento dos cordeiros são elevadas e respondem bem aos sistemas intensivos de criação. São animais adaptados a regiões de clima temperado-frio.
 
 
 
Fotografias:
 National Suffolk Sheep Association, 3316 Ponderosa St., Columbia, MO 65201. Phone: (573) 442-4103
 
  

 

 

 

 

santa_ines

          A Santa Inês é uma raça deslanada encontrada no Brasil. Surgiu do cruzamento das raças Morada Nova, Crioula e Bergamácia. Foi selecionada para total ausência de lã.  Suas cores variam nos tons de vermelho, preto e branco, podendo ocorrer ou não, mistura dessas cores no animal. Têm corpos grandes, pernas compridas, orelhas pendulares e longas, e não apresentam chifres.

           A incidência de parto gemelar nesta raça não é elevada. O peso adulto, de ovelhas criadas a campo, varia de  40 a 50 Kg. E os machos, se forem bem alimentados, podem atingir 100 Kg. Não apresentam estacionalidade reprodutiva e são adaptados a regiões de clima quente.

www.crisa.vet.br

 
romney_marsh
A História do Romney
         O Romney teve seu início em uma região pantanosa no Kent, Inglaterra. Esta raça antiga, de dupla aptidão, foi melhorada com sangue de Leicester no século XIX e levou o nome de Romney Marsh, sendo que a palavra Marsh se deve à região pantanosa de sua origem. Kent é caracterizada pelos ventos fortes, chuvas pesadas e abundância de forragens.
        Estas condições geográficas e climáticas foram responsáveis pelo desenvolvimento de algumas características específicas na raça Romney. São resistentes ao excesso de umidade, ao foot rot e à verminose. O velo permanece saudável mesmo em condições adversas para a produção de lã. Devido às condições similares de topografia e clima, a raça Romney foi facilmente levada para a Nova Zelândia,  onde se estabeleceu rapidamente e se tornou a raça predominante.
        Em 1904, foram importados os primeiros  Romney Marsh para Oregon, America do Norte, onde sua popularidade aumentou rapidamente. A associação Americana dos Criadores de Romney foi

fundada em 1912, por Joe Asa, que viajava pelo mundo julgando ovinos. 

Romney - Uma raça de dupla aptidão
O Romney, historicamente é uma raça de dupla aptidão (lã e carne), permanecendo com esta característica até os dias de hoje. Quando adultos os machos pesam 102-124 Kg e as ovelhas 68 - 90 Kg. A carcaça é de alta qualidade e a lã é brilhante.

O velo do Romney é único, diferente das outras raças ovinas. É um velo fechado, com ausência de outras fibras entre as mechas de lã. A uniformidade das ondulações também é típica da raça. A lã do Romney, tem o diâmetro da fibra mais fino de todas as raças de lã longa, que é de 31 a 38 mícrons. Os velos das ovelhas adultas pesam em média 3,6-5,4 Kg. Tem pouca gordura e, conseqüentemente, apresentam altos rendimentos (65 a 80%).

 
rabo_largo
         A raça Rabo Largo, que tem o seu nome em função do depósito de gordura na cauda, é encontrada no Nordeste do Brasil. Esta raça se originou do cruzamento entre animais deslanados de cauda gorda, trazidos da África, e a raça Crioula. São brancos, malhados ou brancos com a cabeça colorida. Ambos os sexos possuem chifres. 
 
www.crisa.vet.br
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Referência:
 
Fotografias:
R. E. McDowell, Professor Emeritus of International Animal Science, Cornell University, and provided by Paul O. Brackelsberg, Professor of Animal Science, Iowa State University.
 
 
 
morada_nova
        A Morada Nova encontrada no Nordeste do Brasil, provavelmente teve sua origem na África. A raça Bordaleiro, originária de Portugal, também está relacionada com a sua formação. Ambos os sexos não apresentam chifres. No Brasil, foi realizada a seleção dos indivíduos com pouca lã e, atualmente, a Morada Nova faz parte do grupo das raças deslanadas. A cor predominante varia do vermelho ao creme, mas animais brancos são também encontrados. A raça é pequena. Os animais adultos pesam em torno de 30 e 40 Kg.
www.crisa.vet.br
 
 
Referência:
 
 
Fotografias:
Hair Sheep of Western Africa and the Americas: A Genetic Resource for the Tropics. (H.A. Fitzhugh and G.E. Bradford, eds.), A Winrock International Study, 1983.
 
 
 
 
merino
        Este é o representante principal da raça Merino na Austrália, sendo encontrado em grandes rebanhos na Nova Zelândia, Queensland, Victoria e Oeste da Austrália. Possui aptidão para a produção de lã, embora a seleção para melhorar a qualidade da carcaça, possa tornar este Merino, uma  raça  de  dupla  aptidão. 
Sua lã é absorvida quase totalmente pelo comércio de têxtil e é caracterizada pela altíssima qualidade. O velo produzido é pesado, macio, de coloração branca com um diâmetro médio de fibra de 20-22 mícrons. 
 
        O Merino apresenta uma baixa percentagem de partos gemelares, uma alta resistência à intoxicação pelo cobre e, como toda raça produtora de lã, resiste bem às condições adversas de criação, com pouca disponibilidade de alimentos de qualidade. Regiões de clima seco são os melhores locais para criar ovinos tipo lã.
 
         A primeira importação de Merinos pela Austrália data de 1789. Eram 29 cabeças provenientes do Cabo , África do Sul. O progresso da criação de carneiros na Austrália foi tão grande que hoje este país possui o primeiro rebanho, da ordem de 185 milhões de cabeças e é o maior produtor mundial de lã, com a produção anual de umas 920.000 toneladas de lã bruta. Estes números significam que a Austrália possui aproximadamente 1/6 do rebanho mundial de ovinos e produz mais ou menos 1/3 de toda a lã, também insuperável pela qualidade . O grosso da produção de lã é do tipo Merino. A Austrália importou Merinos de todas as variedades existentes: Electoral, Negrettis, Rambouillets, Vermonts, etc. O Merino Australiano foi constituído pela mistura dessas variedades, com as seguintes proporções aproximadas de sangue: 25% de Merino Espanhol ; 40% de Vermont; 30% de Electoral e Negretti ; 5% de Rambouillet Francês. Procurou-se desde logo suprimir as rugas e conferir maior vigor, melhorar as formas, a produção de lã e as qualidades necessárias a um bom animal de açougue. O tipo atual é um ovino de grande produção, rendimento econômico bem adaptado às condições naturais e ao sistema de exploração extensiva, com um velo de muito peso, e com uma lã extraordinariamente uniforme em finura e comprimento, de cor branca e suavidade ao tato. O comprimento da mecha foi sem dúvida o fator determinante do aumento do peso em lã do Merino Australiano.
Velo - No Merino Grande, comprimento de 13,5cm e finura de 26 a 28 micros; no médio, comprimento de 10 a 11cm e finura de 22 a 26 micros; no pequeno, comprimento de 8 a 10cm e finura de 14 a 20 micros. Lã sedosa, brilhante e de grande resistência, com ondulações uniformes e nítidas, desde a base até a ponta. A lã cobre bem e uniformemente todo o corpo, com exceção das orelhas que são cobertas com pêlos curtos e suaves e às vezes possuem manchas negras. Sobre a fronte há uma mecha em roseta semicircular, bem densa, não devendo cair em mechas soltas. Fica descoberta uma zona de pêlos brancos e suaves, que partindo da base dos chifres, abrange o contorno dos olhos , todo o chanfro e focinho. As narinas e lábios devem ser rosados, não se admitindo manchas pretas. A pele é muito fina, rosada, sem pregas, salvo no pescoço, onde são bem desenvolvidas e típicas. Os cascos são claros.
 
Cabeça - de perfil convexo, larga, tamanha médio, com a fronte bem arqueada. Chanfro largo, com duas ou mais rugas transversais no macho. Orelhas curtas e grossas. Olhos grandes, claros, brilhantes, descobertos. Boca pequena, com lábios fortes, bem superpostos. Os chifres, presentes apenas nos machos, são distanciados da face e espiralados para fora.
 
Pescoço - curto, musculoso, bem unido à cabeça e ao tronco.
 
Corpo - cilíndrico. Cruzes um pouco mais altas que a linha dorso-lombar, bem unidas ao pescoço. Peito amplo e saliente, a caixa torácica grande, com costelas bem arqueadas e espaçadas. Dorso e lombo retilíneos e largos. Garupa redonda, em harmonia com o corpo, sem rugas e com cauda alta. Membros de altura média, separados, bem aprumados, com ossatura não muito grossa, porém forte. Cascos brancos. Os membros devem ser cobertos de lã. 
 
 
Referência:
 
Fotografias:
Handbook of Australian Livestock, Australian Meat & Livestock Corporation,1989, 3rd Edition 
 
 
 
karakul
Também conhecido como: Karakul'skaya (Russia), Astrakhan, Bukhara
      O Karakul deve ser a raça mais velha dos ovinos domésticos. Evidências arqueológicas indicam a existência de peles persas de cordeiros no ano de1400 aC. Esculturas de um tipo distinto de Karakul foram encontradas em templos, na Babilônia Antiga. Embora a raça Karakul seja conhecida pela sua produção de peles, principalmente as de cordeiros novos, este animal é também uma fonte de leite, carne, gordura  e  lã. 
 
        O Karakul é nativo da Ásia Central e tem o nome de uma vila chamada Karakul que se encontra no vale do Rio Amu Darja, Bokhara, West Turkestan. Esta região de altitude elevada, tem uma vegetação típica de deserto e a disponibilidade de água é limitada. A condição dura de vida imposta para a raça, fez com que ela se adaptasse a um ambiente adverso de criação e, até os dias atuais, ela é conhecida pela sua resistência e capacidade de sobrevivência.
        Karakuls foram introduzidos nos Estados Unidos entre 1908 e 1929 para a produção de peles. Entretanto, poucos animais foram adquiridos.Os criadores americanos, em sua ânsia para produzir uma quantidade grande de peles, cruzaram o Karakul com outras raças. Isto resultou em uma produção de peles de qualidade inferior e os rebanhos se dispersaram. Mesmo em regiões nativas, a demanda por peles resultou em cruzamentos e mistura de ovinos de cauda gorda. Por causa disso, os rebanhos nativos passaram a exibir grandes variações no tipo e na cor. Esta falta de uniformidade ocorre até mesmo naqueles karakuls capazes de produzir peles de qualidade elevada.
        Com um interesse crescente na utilização de fibras  nos Estados Unidos, aumentou a procura por ovinos Karakul. É uma raça especializada para a produção de peles e o velo apresenta uma variedade de cores naturais. Em sua região nativa, as cores são chamadas pelos seguintes nomes: Arabi (preto), Guligas (cor-de-rosa), Kambar (marrom)  Shirazi (cinza) e Sur (marrom-esverdeado). Alguns indivíduos, podem ocasionalmente, serem brancos ou apresentarem mais de uma cor em seu velo. 
 
Características do Karakul
 
        As condições adversas sob as quais evoluiu a raça Karakul, deram a estes animais força e longividade. São resistentes aos parasitas e ao foot rot. Se tiverem acesso a uma alta disponibilidade de forragens, são capazes de armazenar energia, principalmente através de sua cauda gorda, para sobreviverem aos períodos subseqüentes de falta de alimentos (situação em que outras raças não aguentariam). A raça Karakul suporta grandes variações de temperatura, do frio ao calor intenso, mas deve ser criada e mantida em locais secos, distante de pastagens alagadiças.
        O Karakul não apresenta estacionalidade reprodutiva, o que permite a ocorrência de três parições em 2 anos. Nasce um único cordeiro por parto, embora, ocasionalmente, possa ocorrer o nascimento de gêmeos .
    As ovelhas são mães muito protetoras e atentas, fazendo com que a taxa de sobrevivência dos cordeiros seja  elevada. O Karakul apresenta um forte instinto de rebanho e pode varar cercas. São difíceis de serem conduzidos. Provavelmente, eles irão se dispersar ou enfrentar um cão pastor que tente agrupa-los. 
 
         O Karakul difere na conformação das outras raças. Fazem parte do grupo de ovinos que armazenam gordura na base da cauda para ser utilizada em períodos de escassez de alimento. É um ovino de porte médio. Os machos adultos pesam de 80 a 100 Kg e as ovelhas 45 a 70 Kg. São altos, com um corpo longo e estreito. A cabeça também é longa e estreita. As orelhas longas estão apontando sempre para  baixo e 
ligeiramente para frente, variam de uma forma longa de U a uma forma pequena de V. O      pescoço  é longo e semi-ereto. As pernas são de comprimento médio a longo de ossatura fina.Os machos podem ter ou não chifres. Quando presentes, os chifres são curtos ou largos, na forma de uma espiral.  As ovelhas geralmente não apresentam chifres.
 
        O Karakul se diferencia pelo seu velo colorido, sendo a cor  preta o gene dominante. A maioria dos cordeiros recém nascida é preta e o velo é brilhante, macio e ondulado. A face, orelhas e membros são cobertos por pêlos lisos. À medida que os cordeiros crescem, as ondulações do velo se espaçam, a coloração vai se tornando acinzentada e há perda da maciez. 
 
 
Referências:
 
Fotografias
American Karakul Sheep Registry, Rice, WA
 
 
 
 
 
ile_de_france
     O Ile-de-France é o produto do cruzamento do English Leicester e o Rambouillet. Tempos depois, o  Mauchamp Merino foi também utilizado no desenvolvimento da raça, que originalmente era conhecida como Dishley Merino.  A raça é difundida na França e foi introduzida na Inglaterra nos anos de 1970.
     É uma  raça compacta. A face e os membros abaixo do joelho e do jarrete são livres de lã. A cara é branca com focinho róseo. Ambos os sexos não apresentam chifres. O Ile-de-France produz um velo fino, pesado, com altos níveis de gordura que resulta em rendimentos baixos. O peso médio do velo é de 4 a 6 Kg, com um comprimento de mecha de 7 a 8 cm. 

     É uma raça de dupla aptidão (lã e carne) e sua estacionalidade reprodutiva não é tão marcante, o que permite o nascimento de cordeiros e a comercialização dos mesmos, por vários meses do ano.

 
Referências:
 
Fotografias:
British Sheep and Wool, British Wool Marketing Board, Oak Mills, Station Rd., Clayton, Bradford. 112 pp.
 
 
 
 
ideal
Ideal (Polwarth)
        O Ideal  é um ovino de duplo propósito (lã e carne), desenvolvido em Victoria, em 1880. Ele é  75% Merino e 25% Lincoln. O Ideal responde bem quando colocado em boas pastagens e é encontradado principalmente nas regiões de maiores índices pluviométricos, no Sul da Austrália. A raça foi exportada com sucesso para muitos países, principalmente para a Ámérica do Sul.
 
        A raça Ideal pode possuir ou não chifres, embora predomine a ausência deles. São animais de porte médio e capazes de produzir um velo de alta qualidade, branco, macio e com um diâmetro de 22 a 25 mícron. Ênfase foi dada no sentido de melhorar a quantidade e a qualidade da lã. Além disso, o Ideal tem uma carcaça magra adequada para um grande mercado de exportação.
 
 
Referência:
 
Fotografias:
Handbook of Australian Livestock, Australian Meat & Livestock Corporation,1989, 3rd Edition
 
 
hampshire_down
História
          Os ovinos Hampshire adquiriram seu nome do condado agrícola de Hampshire, no sul da Inglaterra, onde foram desenvolvidos. O Hampshire Down evoluiu da mistura de diferentes raças ovinas existentes nesta região, tais como o Old Hampshire, Berkshire Knot, Willshire Horn e Southdown . Em 1889, a Associação de Criadores de Ovinos Hampshire Down foi fundada em Salisbury, Inglaterra, onde ainda é ativa.
 
        Durante este mesmo ano (1889), a Associação Americana de Ovinos Hampshire Down, foi também  reconhecida. Os ovinos Hampshire entraram nos Estados Unidos por volta de 1840, entretanto,  não há registro indicando a sobrevivência deles à guerra civil. Nova importação de Hampshire da Inglaterra ocorreu entre os anos de 1865 a 1870, mas somente a importação de 1879, foi oficialmente registrada. Os ovinos Hampshire têm  habilidade genética para converter eficientemente a forragem em carne. 
 
Padrão
         No padrão do Hampshire, leva-se em consideração a característica que o torna mais produtivo. A ênfase principal é dada para os partos múltiplos, peso por idade, pouca cobertura de lã na face,  implantação da cabeça, desenvolvimento muscular, ausência de defeitos e doenças.  
        O Hampshire é notado por seu crescimento rápido e eficiente conversão alimentar.
       É um ovino de porte grande e ativo. O carneiro adulto pesa em torno de 125 Kg ou mais e as ovelhas adultas podem pesar mais de 90 Kg. As orelhas têm um comprimento médio, são grossas, cobertas por pêlos marrons ou pretos e praticamente livres de lã. A face deve ser comprida, de coloração escura e livre de lã dos olhos para baixo. A lã interferindo na visão é considerada um defeito grave. Abaixo do joelho e do jarrete, os membros devem ser relativamente livres de lã.
    O velo das ovelhas adultas pesa em média 2,7 a 4,5 Kg com um diâmetro de fibra de 25,0 a

33,0 micron. O comprimento da mecha varia de 5 a  9 cm. O rendimento é de 50 a 62%. A raça tem aptidão para a produção de carne, sendo seu velo de baixa qualidade por causa das fibras pretas no meio da lã.

 
 
 
Fotografias:
Dr. Jerry Fitch, Extension Sheep Specialist, Department of Animal Science, Oklahoma State University 
 
 
 
dorset
Dorsets Horned e Polled
        Séculos atrás, a Espanha desejou conquistar a Inglaterra, e possivelmente nesta época, ovinos Merino foram trazidos do Sudoeste da Inglaterra e cruzados com os Horned Sheep de Wales, que produziram um ovino que atendia as necessidades da época. Começou assim, uma raça de ovinos que se espalhou por Dorset, Somerset, Devon e 
Wales e foi chamada de Horned Dorset. Nos EUA são chamados de Dorset e  os primeiros animais foram transportados da Inglaterra para os EUA em 1860.
 
        Polled Dorset, originado no North Carolina State College, Raleigh, NC, aparentemente foi resultado de uma mutação que ocorreu no rebanho Horned Dorset da faculdade. Depois de uma pesquisa cuidadosa, testes foram feitos para assegurar que o Polled Dorset mantivesse e fosse capaz de propagar à descendência, as mesmas características do Horned Dorset. A nova variedade de Dorset foi aceita em 1956.
 
 
         Ambos, Horned e Polled Dorset, são ovinos brancos de tamanho médio, com um bom comprimento de corpo e conformação muscular, o que resulta em uma ótima carcaça. O velo é branco, forte, fechado e livre de fibras escuras. Pesa em média 2,25 a 4 Kg nas ovelhas, com um rendimento que varia de 50% a 70%. O comprimento das mechas é de 6 a 10 cm. O diâmetro da fibra varia de 33,0 a 27,0 mícrons.

 

        As ovelhas adultas Dorset pesam de 70 a 90 Kg, podendo ultrapassar este peso dependendo da condição de criação. Os machos adultos pesam em média 100 a 125 Kg. Dorset é uma das poucas raças que tem como característica reprodutiva à "não estacionalidade". As ovelhas são boas mães, e os partos múltiplos são comuns. Dorsets podem ser utilizados em cruzamentos nos rebanhos comerciais, como raça terminal. 

       Atualmente, o número de Polled Dorset excede o de Horned Dorset em muitos países.  Isto ocorre por causa da preferência pessoal dos produtores de ovinos.
       O Dorset tem crescido na popularidade e transformou-se na raça de cara branca "número um" nos Estados Unidos. É a segunda raça ovina mais numerosa nos Estados Unidos, perdendo apenas para a Suffolk.
 

 

Referência:
Fotografia:  
Continental Dorset Club
 
 
dorper
       O Dorper é uma raça da África do Sul criada nos anos de 1930 através do Dorset Horn e do Blackheaded Persian. A raça foi desenvolvida para as regiões extensivas e áridas da África do Sul. Apresenta alta fertilidade, bom comprimento de corpo que é coberto por pêlo curto e lã. A raça tem a cabeça preta (Dorper) ou branca (White Dorper). Além disso, mostra  adaptabilidade, resistência,
taxas excepcionais de reprodução e crescimento (alcançando 36 quilogramas em três ou quatro meses) e alta habilidade materna.
         A raça Dorper foi desenvolvida através do cruzamento da ovelha Blackhead Persian com o Dorset Horn que resultou no nascimento de alguns cordeiros Dorper totalmente brancos. A diferença na cor permite que o criador tenha a sua preferência. Cerca de 85% dos criadores de Dorper, membros da Sociedade de Criadores da Raça Ovina Dorper da África do Sul, criam o Dorper de cabeça preta.
    A raça Dorper é, numericamente, a segunda raça mais criada na África do Sul e se espalha por muitos outros países.
 
Aptidão: O Dorper é  um ovino produtor de carne, entretanto, suas exigências nutricionais não são tão altas. Esta raça tem uma estação reprodutiva longa, portanto, a estacionalidade não é um fator limitante para a produção. Um bom administrador pode organizar o manejo na propriedade de modo que os cordeiros possam ser produzidos durante todo o ano. A raça é fértil e a porcentagem de ovelhas gestantes após uma estação de monta é relativamente elevada. O intervalo entre partos pode ser de oito meses. Conseqüentemente, sob condições de boas pastagens e manejo adequado, a ovelha Dorper pode parir três vezes em dois anos. Uma porcentagem de parição de 150% pode ser alcançada em rebanhos bem criados e, em casos excepcionais, esta taxa pode ser de 180%. Sob circunstâncias extensivas, a porcentagem de parição é de 100%. Em um rebanho que contem um grande número de borregas, a porcentagem de parição será em torno de 120%. Se for considerada uma taxa de parição de 150% (alta incidência de parto gemelar) e um manejo que permita que a ovelha tenha três partos em dois anos, uma ovelha Dorper poderá  produzir 2,25 cordeiros em um ano.
 
          O cordeiro Dorper cresce rapidamente e alcança um peso elevado no desmame, o que é uma característica economicamente importante na produção de ovinos tipo carne. Um peso vivo de aproximadamente 36 Kg pode ser alcançado pelo cordeiro Dorper com uma idade de 3- 4 meses. Isto assegura uma carcaça de qualidade elevada de aproximadamente 16 Kg. Este peso está associado com o potencial de crescimento inerente do cordeiro Dorper e com a sua habilidade de pastar precocemente.
        O Dorper é bem adaptado a uma variedade de condições climáticas e de pastejo. Esta raça foi desenvolvida originalmente para as regiões mais áridas da República mas, atualmente, estão largamente espalhados por todas as províncias.  Embora desenvolvida para criações extensivas, responde bem em condições intensivas de produção.
 
      O Dorper é uma raça fácil de criar. Sua pele é coberta por uma mistura de pêlo e lã. A pele grossa protege os ovinos das condições climáticas adversas e é muito valorizada. No mercado é conhecida com o nome de Cape Glovers. 
 
 
Fotografias:
Select Genes Ltd., Irene 1675, Republic of South Africa.
Henry du Plooy, Kiewietskloof, Griekwastad 8365, Northern Cape, South Africa

Mr P J Cilliers (Jnr), P.O. Box 246, Upington  8800, South Africa

 

 
 
 
corriedale
        
 
 
          O Corriedale foi desenvolvido na Nova Zelândia e na Austrália, através do cruzamento de carneiros Lincoln ou Leicester com fêmeas Merino. O desenvolvimento da raça ocorreu na Nova Zelândia entre os anos de 1880 e 1910. Cruzamentos similares foram feitos também na Austrália, neste mesmo período. A raça é largamente distribuída nos diferentes países do mundo. Na América do Sul, a raça Corriedale é a mais numerosa e se expande por toda a Ásia, América do Norte e África do Sul. Depois da raça Merino, é a Corriedale que apresenta maior popularidade no mundo.
        O Corriedale é um ovino de duplo propósito (lã e carne). Tem um porte grande e uma boa qualidade de carcaça. Embora seja uma raça muito utilizada em cruzamentos com raças produtoras de carne, para produzir cordeiros com altas taxas de crescimento, o Corriedale puro tem apresentado uma boa performance. A dupla aptidão é que torna o Corriedale uma raça popular.
 
           
 
 
       O Corriedale produz lã com um diâmetro de fibra que varia de 24,5 a 31,5 mícrons. O velo das ovelhas adultas pesa em torno de 4,5 a 7,7 Kg com um comprimento de 9 a 15 cm. O rendimento do velo varia de 50 a 60%. Os carneiros podem pesar de 79 a 125 Kg e as ovelhas 59 a 81 Kg.
        A raça é encontrada na maioria das regiões produtoras de ovinos na Austrália, mas principalmente nas zonas temperadas, com índices pluviométricos mais elevados, que permitem a formação de melhores pastagens. 
 
 
Referência:
Fotografias:
Dr. Jerry Fitch, Extension Sheep Specialist, Department of Animal Science, Oklahoma State University
Handbook of Australian Livestock, Australian Meat & Livestock Corporation,1989, 3rd Edition
 
 

 

 

border
HISTÓRIA DO OVINO LEICESTER
          O ovino Leicester, com a lã longa e de origem inglesa, teve uma grande importância no melhoramento e desenvolvimento de outras raças de lã comprida.
         Atualmente há três raças distintas de ovinos Leicester. O Inglês ou o "Dishley", o Blueface ou o "Hexham" e o Border Leicester. O Inglês é o maior das raças de Leicester e tem um velo longo e pesado. O Blueface e o Border Leicester são similares no tamanho e ambos têm as orelhas eretas. O velo do Blueface é mais fino e mais curto do que o do Border Leicester. No Brasil, dos Leicester, o mais encontrado é o Border.
        A raça Border Leicester foi criada em 1767 por George & Matthew Culley de Fenton, Northumberland, Inglaterra. Os irmãos Culley eram amigos de Bakewell e tinham acesso a seus Leicesters (Inglês). Provavelmente, eles desenvolveram o Border Leicester cruzando os carneiros Leicesters de Bakewell com ovelhas Teeswater. Algumas pessoas acreditam que sangue de Cheviot também foi utilizado. Em todo o caso, a raça foi reconhecida na Inglaterra em 1850 e, atualmente, o Border Leicester tem maior popularidade do que o Leicester Inglês em muitos países.
Leicesters na América do Norte
        O Leicester Inglês foi introduzido nos Estados Unidos por George Washington, que manteve um pequeno rebanho puro de Leicesters e, utilizou carneiros desta raça, em seu rebanho de 800 cabeças, em Mount Vernon. Em 1854, o carneiro campeão na primeira feira do Estado de Minnesota foi um Leicester de propriedade de J.G. Lennon do Condado de Ramsey. A Associação Americana de Leicesters foi fundada em 1888. Não se sabe quando os primeiros carneiros Border Leicester chegaram nos Estados Unidos ou no Canadá mas,  o censo de 1920, lista 767 Borders Leicesters puros nos Estados Unidos. 
           O peso do velo das fêmeas adultas varia de 3,5 a 6 Kg com um rendimento de 65 a 80 por cento. O comprimento varia de 12,5 a 25cm com um diâmetro de 30,0 a 38,5 mícrons. O macho adulto pesa em torno de 102-147 Kg e o peso da ovelha varia de 79-124 Kg.
 
 
Referência:
 
Fotografias:
British Sheep and Wool, British Wool Marketing Board, Oak Mills, Station Rd., Clayton, Bradford. 112 pp.
Handbook of Australian Livestock, Australian Meat & Livestock Corporation,1989, 3rd Edition
 
 
 
bergamácia
   
Também conhecida por: Bergamasca,  Bergamasker, Gigante di Bergamo.
           A Bergamácia é originária da Itália. É uma raça de lã grossa e curta. Embora seja considerada como produtora de carne, sua alta produção de leite indica que pode ser explorada como uma raça leiteira. Apresenta o temperamento dócil, sendo um animal fácil de manejar.
          
 
Referência:
 
Fotografias:
Carlos Eduardo Azevedo Souza, Brasil (foto acima)
 
http://www.crisa.vet.br  (fotos abaixo)
 
 

 

 

 Fonte: http://www.crisa.vet.br/raca 

 

 

 

 

 

 

 

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